Prefeito Marcelo Crivella já havia prometido reabertura em janeiro. Nesta segunda (6), ele afirmou que local vai abrir ainda no 'período de férias'.
Parque Radical de Deodoro é um dos legados Olímpicos que está em situação de abandono. Nesta segunda-feira (6), o G1 foi até o Parque, que continua fechado.
A prefeitura havia prometido que as piscinas do local iam ficar abertas para a população durante o verão, mas isso não está acontecendo. O local, que foi sede de competições de canoagem slalon, BMX e mountain bike durante os Jogos Olímpicos do Rio, está fechado desde dezembro. Antes da Rio 2016, o Parque Radical de Deodoro chegou a ser aberto durante o verão.
No início do ano, o prefeito Marcelo Crivella disse que iria resolver rapidamente essa situação e que o local seria reaberto "em breve". Nesta segunda (6), ele prometeu a reinauguração ainda no "período de férias".
"É um compromisso meu abri-lo. Vamos abrir ainda no período de férias. Venceu o contrato, não foi renovado pela administração anterior, é um contrato de R$ 20 milhões por ano. Você sabe que estamos em momento de negociar. Estamos vendo o que pode ser mantido no escopo do contrato, o que pode ser tirado. O que podemos fazer pela nossa guarda, pela Comlurb, com a Policia Militar, com os Bombeiros. Fazer com que esse parque reabra, mas de uma maneira que possamos pagar", contou Crivella.
"Aquele parque custou uma fortuna para o município e vai ser reaberto agora. Eu tenho uma visita marcada lá amanhã. Vou levar os secretários e vamos fazer todos os acertos para abrir. Não é possível que um patrimônio do nosso lazer fique fechado nas férias", disse Crivella no dia 11 de janeiro durante uma visita ao AquaRio.
Em janeiro, o Tribunal de Contas do Município (TCM) informou que o edital do Parque Radical de Deodoro ainda não foi analisado pelo TCM. Até o momento, não há nenhuma empresa para administrar o Parque.
Prejuízo para o comércio e falta de lazer
Shirlei dos Santos foi uma das pessoas que pensou que teria um legado com a construção do Parque Radical perto de casa. Ela abriu uma barraca para vender lanches e bebidas em frente à entrada principal, mas, desde o fechamento, as vendas diminuíram 80%, segundo ela.
"Diminuíram as vendas e estamos pensando até em sair para trabalhar, fechar aqui. A gente está vendo se vai abrir. Eu não tinha prejuízo, dava pra gente tirar o nosso dinheirinho. Diminuiu muito, 80%. Só vendo agora pra morador que passa, pede uma cerveja, alguém que vai pra Clínica da Família e compra uma água", disse Shirlei que abriu a barraca há dois anos, durante a construção do Parque Radical.
Como área de lazer, Shirlei também lamenta o fechamento do local. Para ela, o Parque era a melhor opção para os moradores da região.
"Era um lazer pra comunidade. Tem muita gente que não tem carro, que não tem como ir à praia, então aqui era um lazer. Vinha muita gente de fora", disse Shirlei.
Até parentes de moradores do bairro vinham de outros locais do Rio de Janeiro para curtir a piscina do Parque Radical de Deodoro.
"A minha irmã vinha de Nova Iguaçu pra cá . Está todo mundo reclamando, porque era o lazer de todo mundo", disse Sueli Socorro, que também mora em Deodoro.